Por: Marcos Pavani –  Diretor CDI Brasil

16/10/2018

Há algum tempo atrás estava chegando a uma grande empresa da área de cosméticos pela manhã para realizar uma avaliação do progresso dos times MDW (mini negócios) e ao mesmo tempo realizar o coaching dos líderes e dos próprios times.

O som da produção ao lado do corredor principal de entrada parecia dizer que tudo havia corrido bem no dia anterior, pois era perfeitamente cadenciado, como todo profissional da área operacional sabe identificar. Aquele ritmo regular e sistemático. Materiais eram movimentados para a área de produção e os produtos finais, depois das embalagens finais, transportados para a área de armazenagem e expedição.

As pessoas cumprimentavam-se entre si com um sorriso em um agradável sorriso. Bem próximo do escritório administrativo da área operacional que encontrei a Srta. Clara, líder do mini negócio do almoxarifado de materiais.

– Bom dia Sr. Marcos. Como esta? – Ela me disse.

– Bom dia Clara. Estou muito bem e você? – Respondi.

– Poderia lhe perguntar se a metodologia que utilizamos nos pôsteres de monitoramento e gestão dos nossos indicadores de Qualidade, Velocidade e Custos pode ser utilizada para atingir metas pessoais? – Perguntou de forma como se já soubesse a resposta.

Respondi que sim. A metodologia que vinha sendo treinada sistematicamente pelos membros de todos os times poderia ser utilizada para atingir metas pessoais com a mesma eficácia.

– Mas, porque você me pergunta isso? – Acrescentei.

– Na verdade, não sei se percebe, mas emagreci 12 Kg nos últimos 2 meses utilizando uma cópia que fiz dos mesmos pôsteres que utilizamos aqui na empresa. Claro, foi feito à mão, mas o importante é que me ajudou muito em meu objetivo.

– Muito bem, Clara. Conte-me mais detalhes. – Respondi.

Então, ela me contou como após uma consulta médica anual o médico recomendou que ela perdesse 15 Kg para melhorar a saúde. Então, ela pensou em copiar um dos gráficos da gestão visual e colocar este objetivo, ou seja, perder os 15 Kg para o fim do trimestre. Dividiu a meta final pela quantidade de semanas disponíveis e assim definiu uma linha de meta. A cada semana subia na balança e comparava o peso com a meta traçada. Não atingindo a meta, passava a analisar as principais causas que não permitiram atingi-la. Definia planos de ação para a próxima semana e se esforçava em cumprir suas ações.

– No começo foi mais difícil pois não estava conseguindo atingir a meta definida, mas pouco a pouco minhas ações foram se tornando cada vez mais claras e efetivas. Quando consegui atingir a primeira meta foi um dia muito feliz, e dai em diante quis repetir a experiência. Estou quase no fim do meu pequeno projeto pessoal, mas estou confiante de que chegarei na minha meta. – Ela acrescentou.

– Meus parabéns. Estou muito feliz que tenha realizado isto e desejo que siga em frente e obtenha a meta a que se desafiou. O que você fez está além de apenas atingir sua meta pessoal. Você aprendeu o método e agora pode ensinar aos colegas de time. Vou encontrar você e seu time logo mais para nossa revisão, mas esteja segura de que teremos será uma experiência muito proveitosa. – Respondi com muita satisfação. Percebi que não só estava contribuindo somente com os objetivos do meu cliente, mas também contribuindo com os objetivos das pessoas.

Aquela revisão de progresso realmente foi uma experiência de grande satisfação. O processo de coaching havia sido facilitado pela prática pessoal de um dos membros do time e aquela experiência pôde ser compartilhada e celebrada por todos.

Por isso, resolvi escrever sobre esta experiência. Nós, consultores de empresas, ficamos muito contentes e satisfeitos quando nossos clientes obtém os resultados esperados, mas nada se compara com a satisfação de saber que melhoramos a vida das pessoas.

Por isso pergunto: Além de ajudar as pessoas a emagrecer, que mais a Gestão Visual pode ajudar as pessoas a conseguir?